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Entrada |
É isso ai galera, finalmente volto a escrever sobre um passeio e não sobre restaurante hehehehe. O lugar que venho falar hoje é muito especial para mim pois foi o meu segundo emprego onde aprendi muita coisa pois não ficava somente nos trabalhos internos mas também realizava diversas atividades com as comunidades do entorno. Fui junto com dois amigos (Paulo e Lucas) que trabalham na Loumar Turismo que me convidaram para o passeio.
O Ecomuseu de Itaipu estava fechado há quase 2 anos para ser reformado e foi reaberto à visitação no dia 31/Jan. O mesmo inaugurado em Outubro de 1987 com a intenção de resgatar e mostrar toda história de como surgiu e como fora construída a maior usina hidroelétrica do mundo (por enquanto). E como todo museu, sua principal função é preservar estas memórias através de um gigantesco acervo com os mais variados objetos que foram utilizados na epopéia que foi para construí-la (chamada carinhosamente por algumas pessoas como A Taipa da Injustiça).
Confesso que fiquei bem decepcionado pois esperava encontrar uma reforma completa, afinal de contas foram quase 2 anos para tal, e chegando lá encontro tudo no mesmo lugar (até os bancos onde eu dormia na hora do almoço) exceto pelo novo espaço (ver fotos abaixo). Foi legal relembrar alguns momentos que fizeram parte da minha vida, lembrar dos grupos escolares que atendi, algumas celebridades e principalmente as centenas de momentos hilários que tive nas mais diversas ocasiões.
Falando sobre a visita: o ingresso não pode ser pago no local, compra-se no centro de recepção de visitantes da Itaipu (de onde sai a visita para a usina) ou pelo
site. Custa R$8,00 a inteira e R$4,00 a meia (estudantes, professores, portadores do cartão Itaucard, doadores de sangue e mais umas duzentas exceções que a Itaipu tem, favor entrar em contato diretamente com eles para verificar). O Ecomuseu abre de Terça à Domingo das 8 às 17 (não fecha para o almoço). Muito interessante é fazer a visita combinada (Panorâmica + Ecomuseu) que custa R$26,00 e se você turista tem meio período livre no seu roteiro estes dois passeios são perfeitos para preencher esta lacuna.
No primeiro espaço o turista encontrar um resumão da história, começando pelos primeiros seres humanos que habitavam a região milhares de anos atrás até meados dos anos 80 quando se iniciou a construção da usina causando um "boom" populacional na cidade que não estava preparada para isso.
No segundo espaço um lindo memorial do trabalhador que nada mais é um imenso mosaico com mais de 4 mil fotos 3x4 de trabalhadores e um vídeo/testemunho de alguns deles. Ainda compõe o espaço uma imensa maquete da usina durante sua construção e outras que mapeia toda região que fora atingida com a criação do lago. Em duas vitrines objetos como o detonador que explodiu parte do leito do Rio Paraná para construir o canal de desvio e uma cópia do Tratado de Itaipu (documento feito pelo Brasil e Paraguai acerca dos detalhes envolvidos).
No terceiro espaço uma réplica, em 80% do tamanho real, de uma turbina em funcionamento. Considero este espaço muito legal pois proporciona ao visitante a oportunidade um pouco do que poderia ser visto durante a visita especial.
No quarto espaço finalmente onde ocorreu a reforma: uma maquete de tamanho absurdo mostrando toda região atingida pelo lago de itaipu que fica sob os pés do visitante. Além disto, painéis interativos contando a história de cada município lindeiro ao lago com fotos, depoimentos e muita interação ao visitante.
O quinto espaço conta sobre as escavações arqueológicas e o resgate de muito material que ajudou a contar a hostória de nossa região antes que o lago acabasse com isso. Além desta retratação há uma mini floresta artificial com diversos exemplares de animais muito bem taxidermizados.
No último espaço (interno) fica a reserva técnica com milhares de objetos que contam a história de Foz e região. No espaço externo ficam os objetos maiores como barco, parede de um dos alojamentos dos barrageiros, moedores de cana, moedores de erva mate e o que mais chama atenção um exemplar de um caminhão caçamba que era usado para carregar as rochas extraídas nas escavação do leito do rio (carinhosamente chamado de Sansão, fica bem em frente para chamar atenção de quem passa pela Avenida Tancredo Neves).
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Mapa geral dos espaços |
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Réplica de um achado arqueológico |
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Homem da idade da pedra, primeiro espaço |
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Como a erva mate era descarregada dos barcos e levada barranca acima |
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Família de gaúchos, principais colonizadores da região oeste |
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Avenida Brasil, década de 80 |
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Memorial do Trabalhador |
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Maquete da usina durante as obras |
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Maque da região, os pontilhados amarelos representam a área atingida quando o lago ficou formado |
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Objetos utilizados durante a construção |
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Réplica da turbina, tem som e o eixo gira, dando a sensação real de estar na usina |
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Corte diagonal da usina mostrando onde fica a turbina |
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O tão esperado espaço reformado |
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Maquete fica no chão, protegida por um vidro de 3cm |
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Paulo e Lucas admirados com o espaço |
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Paulo interagindo com o equipamento disponível |
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No teto fibra ótica reproduz um céu estrelado |
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Maquete representando a boa utilização do solo |
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Arqueólogos trabalhando |
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Geólogos trabalhando |
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Objetos encontrados nas escavações |
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Exemplares de artrópodes taxidermizados |
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Replica da flores, destaque para a Gralha Azul e o macaco Bugio |
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Reserva técnica, livro de registro de hóspedes do Hotel das Cataratas |
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Exemplares botânicos |
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Parede de um antigo alojamento usado pelos barrageiros, é uma de verdade |
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O famoso Sansão, detalhe para o tamanho dos pneus |
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Rodas de um moinho d´água usado para funcionar os moedores de erva mate |